E já lá vão dois dias sem que se escreva aqui. Primeiro que tudo, temos que agradecer ao Eu, que aparentemente é quem mais visita o nosso site. Ao Eu, e a toda a gente que confirmou a sua leitura regular deste blog, os nossos agradecimentos. No entanto, não queremos deixar de agradecer aos outros que também se revelaram ser em grande número. Em segundo lugar, por diferença de apenas um voto, os alunos da ESELx (ou o que nós esperamos serem só alunos), em terceiro lugar, também apenas por um voto, a Margem Sul - Obrigado Almada, Charneca, Sobreda, Lazarim e Arrentela, estão no nosso coração - e em quarto, com uma diferença de 3 votos, Telheiras - Não se preocupem, acreditamos que vêm ler também.
Mas passando à frente. Ontem foi dia de borga. Mas para quem não sabe, não há borga sem sacrifício e, antes de nos podermos divertir, tivemos que trabalhar. Infelizmente o relatório de estágio continua o seu assombro nas nossas cabeças. Demanhã, a Ana trabalhou em sociologia, para cá para a faculdade, fazendo, a pedido da professora, a análise sociológica do filme "o rei leão". Por incrível que pareça ela gostou deste trabalho! De resto, passámos a tarde toda, cada um em seu quarto, trabalhando arduamente, até fumegarem as nossas cabeças. Entretanto tivemos que encomendar uma nova pintura aos tectos para cobrir a fuligem.
Adiante, adiante. Desta vez levámos o Victor connosco, para o jantar. Saímos os 3 de casa às 20.30h e, depois de levantarmos dinheiro, seguimos de metro até à Praça de Catalunia, sentados ao lado de um senhor de negro, com uma pequena crista, que ouvia martelinhos muito alto e que levantava a sobrancelha esquerda sempre que a Ana tirava algo da mala. O maior desgosto deste senhor era o seu iPod ser branco. Durante a viagem, entrou ainda uma criatura parecida com o José Fidalgo, mais pelo nariz de judeu do que por outra coisa, e um senhor armado em Crocodilo Dundee.
Enquanto descíamos as Ramblas, a Ana reparou que havia pretos em Barcelona. Desculpem, pessoas de cor. Estranhamente, assim que se fez esta descoberta, parecia que eles não paravam de aparecer, especialmente no Raval, onde se juntavam em frente a cada loja de conveniência e cabeleireiro monhé.
O jantar foi muito giro. Chegámos por volta das 9.15, mas desta vez enviaram-nos para uma sala diferente. Cremos que devido a alguns incidentes na semana anterior, como quadros a ser virados de costas nas paredes, vomitado nas casas-de-banho e brindes cantados que incomodavam os outros clientes, que não devem ter agradado a gerência de tão distinto restaurante como o Pollo Rico. Aproveitamos para explicar, a quem não conhece o Pollo Rico, que é uma mistura de Casa de Pasto com Churrasqueira, onde todos os empregados são monhés, a gordura no chão faz com que estejamos constantemente a escorregar, as batatas pingam oleo... e uma infindável panóplia de razões para não ser visitado por ninguém. Por outro lado, é barato. E apesar das 80 garrafas de vinho bebidas por 30 pessoas na semana passada, pagámos apenas 12€.
Infelizmente, esta semana não foi tão animado. Depois de termos esperado mais de 1hora por que as pessoas chegassem, acabámos por ser só 8. Mas, embora mais calmo, não deixámos de conversar todos e passar um bom pedaço.
Oh despois, apanhámos o metro até à Gracia onde nos encontrámos com mais pessoal português. Durante muito tempo beberam os seus botelhones na rua, dos quais nos tentámos abster para não bebermos de mais. Enquanto apreciavam os seus botelhones, nós os dois entretínhamo-nos a mirar um senhor, algo tocado pelo álcool, que personificava um cowboy. Sim, sabemos que nas ramblas há muitos senhores a incorpoar personagens para ganhar uns trocos, mas cremos piamente que aquele indivíduo vivia num outro mundo, quiçá no far west. O fulaninho enervegava um lenço vermelho ao pescoço, e um casaco e calças de ganga. Despiu o casaco, jogando-o contra o chão, e em seguida iniciou com ele um duelo. Dum lado da praça o senhor. Do outro o casaco. O caminho que separava ambos era longo, alguns 2,50m, mas ainda assim foi demorado de percorrer. Envergando uma "pistola" (feita pelos seus dedos) em cada mão, o senhor apontava a quem se intrometesse no caminho entre si e o casaco. De quando em onde, apontava as armas para os lados, não fosse o diabo tecê-las e surgir algum indivíduo que quisesse o casaco... Quando alcançou o casaco, desatou à punhada nele, e a jogá-lo contra postes, paredes, pimenteiros e tudo mais que encontrasse. Depois pôs-se de cócoras, acercando-se do que interpretámos como uma fogueira, na qual assava algo inexistente. O grupo de portugueses, perante esta cena, deixou os botelhones e agarrou-se à barriga, pois não dava para aguentar as dores de tanto rir. No fim de tudo isto, o senhor pega no seu casaco, grunhe algo ao Fábio, que nenhum de nós percebeu, e continuou na sua vida, a andar pela rambla fora. Foi um momento peculiar... E ainda bebendo botelhones, fomos até à discoteca Otto Zutz.
Para nossa surpresa, em Espanha, em todas as discotecas, fazem como nas piores discotecas portuguesas onde se escolhe as pessoas pelo que levam vestido. A fila ocupava a rua inteira e quase dava a volta pela esquina. Depois de muito esperarmos, não deixaram entrar o Victor devido ao seu calçado e nós saímos também. Pouco depois, saíram os restantes portugueses, umas vez que as guestlists na qual estavam inscritos, só tinham validade até às 2 da manhã, e teriam que pagar 12€ para entrar. Surpreendentemente, a revolta dos portugueses era maior que a nossa e enquanto nos voltámos a colocar na fila, desta vez com passes V.I.P, muitos deles preferiram dar à sola e procurar outra discoteca.
Mais uma vez, esperámos, esperámos, esperámos, esperámos... e ficámos a saber que o calçado esmaga os passes V.I.P e o Victor não conseguiu mais uma vez entrar. Visto que não iamos conseguir, o Fábio voltou com o Victor, que já não queria ir sair, para casa e a Ana ficou com os restantes portugueses. A Ana adorou o local. Tinha 4 pistas com estilos de música diferente e um D.J que vazava pistas com os seus scratchs. Às 6.30h da manhã, a Ana achou que era boa hora de chegar a casa e dormir um pouco.
Hoje, a Ana acordou às 12.20h, tomou um banho e acordou o Fábio às 13h. Ela conseguiu a proeza de acordar mais cedo que o Fábio. É fantástica. Com pressa para passear, comemos qualquer coisa rápida e saímos com um novo ânimo para descobrirmos as Docas cá do sítio. Fizémos a viagem no metro e voltámos a descer a Rambla, onde a população de estátuas aumentou exponencialmente desde a última passeata. Desta vez havia palhaços, fadas, anjos da morte, bandas de esqueletos, piratas, Ciranos, pernas no ar. Pelo caminho, fomos procurando farmácias para saber quais fazia piercings e onde os faziam. Infelizmente, não tivemos muita sorte tendo em conta o que tinhamos em mente.
Continuámos o nosso passeio. Visitámos feiras de hippies, tirámos fotos com leões avantajados, bebemos cafés caros como tudo, andámos pela marina, vimos espectáculos de acrobatas... Mas o mais interessante foi uma pequena banda de 10 membros, que tocavam músicas cubanas em frente da marina. Por meia hora, ficámos sentado a ouvi-los, com os seus saxofones, guitarras, reco-recos, sinetas e tudo mais. Na verdade, estas pessoas de barbas por fazer, camisas encardidas e um ar muito deslavado, tocavam muito bem e todos cantavam no seu estilo diferente. Um espectáculo muito interessante e com muita audiência para o comprovar.
No regresso, procurámos por todo o lado lojas de piercings, tentando encontrar aquela com menos probabilidade de nos passar alguma variante de Hepatite ou em que não nos levassem um rim enquanto nos encontrávamos anestesiados numa sala nas traseiras. Infelizmente para nós, aos domingos está tudo fechado. Por outro lado, encontrámos uma farmácia com uma rapariguita muito bonita e muito simpática que fez à Ana o que ela queria. Infelizmente, para vocês, o local do piercing da Ana ficará no segredo dos deuses, pois necessitamos de uma nova votação.
Depois do piercing feito voltámos para casa. Jantámos bifes de vaca e sopa de feijão verde. Somos muito atinadinhos. Para sobremesa, fizemos maçã assada. Somos muito jeitosinhos.
Mas passando à frente. Ontem foi dia de borga. Mas para quem não sabe, não há borga sem sacrifício e, antes de nos podermos divertir, tivemos que trabalhar. Infelizmente o relatório de estágio continua o seu assombro nas nossas cabeças. Demanhã, a Ana trabalhou em sociologia, para cá para a faculdade, fazendo, a pedido da professora, a análise sociológica do filme "o rei leão". Por incrível que pareça ela gostou deste trabalho! De resto, passámos a tarde toda, cada um em seu quarto, trabalhando arduamente, até fumegarem as nossas cabeças. Entretanto tivemos que encomendar uma nova pintura aos tectos para cobrir a fuligem.
Adiante, adiante. Desta vez levámos o Victor connosco, para o jantar. Saímos os 3 de casa às 20.30h e, depois de levantarmos dinheiro, seguimos de metro até à Praça de Catalunia, sentados ao lado de um senhor de negro, com uma pequena crista, que ouvia martelinhos muito alto e que levantava a sobrancelha esquerda sempre que a Ana tirava algo da mala. O maior desgosto deste senhor era o seu iPod ser branco. Durante a viagem, entrou ainda uma criatura parecida com o José Fidalgo, mais pelo nariz de judeu do que por outra coisa, e um senhor armado em Crocodilo Dundee.
Enquanto descíamos as Ramblas, a Ana reparou que havia pretos em Barcelona. Desculpem, pessoas de cor. Estranhamente, assim que se fez esta descoberta, parecia que eles não paravam de aparecer, especialmente no Raval, onde se juntavam em frente a cada loja de conveniência e cabeleireiro monhé.
O jantar foi muito giro. Chegámos por volta das 9.15, mas desta vez enviaram-nos para uma sala diferente. Cremos que devido a alguns incidentes na semana anterior, como quadros a ser virados de costas nas paredes, vomitado nas casas-de-banho e brindes cantados que incomodavam os outros clientes, que não devem ter agradado a gerência de tão distinto restaurante como o Pollo Rico. Aproveitamos para explicar, a quem não conhece o Pollo Rico, que é uma mistura de Casa de Pasto com Churrasqueira, onde todos os empregados são monhés, a gordura no chão faz com que estejamos constantemente a escorregar, as batatas pingam oleo... e uma infindável panóplia de razões para não ser visitado por ninguém. Por outro lado, é barato. E apesar das 80 garrafas de vinho bebidas por 30 pessoas na semana passada, pagámos apenas 12€.
Infelizmente, esta semana não foi tão animado. Depois de termos esperado mais de 1hora por que as pessoas chegassem, acabámos por ser só 8. Mas, embora mais calmo, não deixámos de conversar todos e passar um bom pedaço.
Oh despois, apanhámos o metro até à Gracia onde nos encontrámos com mais pessoal português. Durante muito tempo beberam os seus botelhones na rua, dos quais nos tentámos abster para não bebermos de mais. Enquanto apreciavam os seus botelhones, nós os dois entretínhamo-nos a mirar um senhor, algo tocado pelo álcool, que personificava um cowboy. Sim, sabemos que nas ramblas há muitos senhores a incorpoar personagens para ganhar uns trocos, mas cremos piamente que aquele indivíduo vivia num outro mundo, quiçá no far west. O fulaninho enervegava um lenço vermelho ao pescoço, e um casaco e calças de ganga. Despiu o casaco, jogando-o contra o chão, e em seguida iniciou com ele um duelo. Dum lado da praça o senhor. Do outro o casaco. O caminho que separava ambos era longo, alguns 2,50m, mas ainda assim foi demorado de percorrer. Envergando uma "pistola" (feita pelos seus dedos) em cada mão, o senhor apontava a quem se intrometesse no caminho entre si e o casaco. De quando em onde, apontava as armas para os lados, não fosse o diabo tecê-las e surgir algum indivíduo que quisesse o casaco... Quando alcançou o casaco, desatou à punhada nele, e a jogá-lo contra postes, paredes, pimenteiros e tudo mais que encontrasse. Depois pôs-se de cócoras, acercando-se do que interpretámos como uma fogueira, na qual assava algo inexistente. O grupo de portugueses, perante esta cena, deixou os botelhones e agarrou-se à barriga, pois não dava para aguentar as dores de tanto rir. No fim de tudo isto, o senhor pega no seu casaco, grunhe algo ao Fábio, que nenhum de nós percebeu, e continuou na sua vida, a andar pela rambla fora. Foi um momento peculiar... E ainda bebendo botelhones, fomos até à discoteca Otto Zutz.
Para nossa surpresa, em Espanha, em todas as discotecas, fazem como nas piores discotecas portuguesas onde se escolhe as pessoas pelo que levam vestido. A fila ocupava a rua inteira e quase dava a volta pela esquina. Depois de muito esperarmos, não deixaram entrar o Victor devido ao seu calçado e nós saímos também. Pouco depois, saíram os restantes portugueses, umas vez que as guestlists na qual estavam inscritos, só tinham validade até às 2 da manhã, e teriam que pagar 12€ para entrar. Surpreendentemente, a revolta dos portugueses era maior que a nossa e enquanto nos voltámos a colocar na fila, desta vez com passes V.I.P, muitos deles preferiram dar à sola e procurar outra discoteca.
Mais uma vez, esperámos, esperámos, esperámos, esperámos... e ficámos a saber que o calçado esmaga os passes V.I.P e o Victor não conseguiu mais uma vez entrar. Visto que não iamos conseguir, o Fábio voltou com o Victor, que já não queria ir sair, para casa e a Ana ficou com os restantes portugueses. A Ana adorou o local. Tinha 4 pistas com estilos de música diferente e um D.J que vazava pistas com os seus scratchs. Às 6.30h da manhã, a Ana achou que era boa hora de chegar a casa e dormir um pouco.
Hoje, a Ana acordou às 12.20h, tomou um banho e acordou o Fábio às 13h. Ela conseguiu a proeza de acordar mais cedo que o Fábio. É fantástica. Com pressa para passear, comemos qualquer coisa rápida e saímos com um novo ânimo para descobrirmos as Docas cá do sítio. Fizémos a viagem no metro e voltámos a descer a Rambla, onde a população de estátuas aumentou exponencialmente desde a última passeata. Desta vez havia palhaços, fadas, anjos da morte, bandas de esqueletos, piratas, Ciranos, pernas no ar. Pelo caminho, fomos procurando farmácias para saber quais fazia piercings e onde os faziam. Infelizmente, não tivemos muita sorte tendo em conta o que tinhamos em mente.
Continuámos o nosso passeio. Visitámos feiras de hippies, tirámos fotos com leões avantajados, bebemos cafés caros como tudo, andámos pela marina, vimos espectáculos de acrobatas... Mas o mais interessante foi uma pequena banda de 10 membros, que tocavam músicas cubanas em frente da marina. Por meia hora, ficámos sentado a ouvi-los, com os seus saxofones, guitarras, reco-recos, sinetas e tudo mais. Na verdade, estas pessoas de barbas por fazer, camisas encardidas e um ar muito deslavado, tocavam muito bem e todos cantavam no seu estilo diferente. Um espectáculo muito interessante e com muita audiência para o comprovar.
No regresso, procurámos por todo o lado lojas de piercings, tentando encontrar aquela com menos probabilidade de nos passar alguma variante de Hepatite ou em que não nos levassem um rim enquanto nos encontrávamos anestesiados numa sala nas traseiras. Infelizmente para nós, aos domingos está tudo fechado. Por outro lado, encontrámos uma farmácia com uma rapariguita muito bonita e muito simpática que fez à Ana o que ela queria. Infelizmente, para vocês, o local do piercing da Ana ficará no segredo dos deuses, pois necessitamos de uma nova votação.
Depois do piercing feito voltámos para casa. Jantámos bifes de vaca e sopa de feijão verde. Somos muito atinadinhos. Para sobremesa, fizemos maçã assada. Somos muito jeitosinhos.
A pedido de muitas famílias, voltamos hoje com o Santo do Dia, que hoje é Sta Agnés de Praga e ontem foi St. Rossend.
A todos, um beijinho, um abraço, um aperto de mão, uma palmada nas costas, o que convier...
1 comentário:
Não é má vontade, a verdade é que me esqueço de aqui vir, mas por outro lado vou mandando mensagens à ana de vez em quando, quando me lembro. E lembrei-me também este sábado, só que estava meia bezi e não me apeteceu. Ana, perdi a pica no bairro alto e fui para casa - percebes isto?? Tu com bezis de ir ao grego e eu a perder a pica, o que é que se passa aqui?! Enfim. As descrições dos vossos dias têm alguma piadola, sim. Parece-me que Barcelona é um destino de Erasmus que evita que se entre na monotonia da rotina, claramente. Ana, não sei se percebeste que o gótico-de-crista-e-ipod-branco se deve ter sentido intimidado por ti, sempre à espera que sacasses da butterfly. Aposto que estás com um aspecto duvidoso. Uh, e espera... UM PIERCING? Exijo saber donde es, cariño:\ eu acho que vontei orelha, nariz e umbigo. Num dos três há de ter sido, na cana do nariz estou quase 100% certa que não foi :P Olha, e acho muito mal que tenham começado o post com uma pequena reflexão sobre quem é que cá vinha mais e menos - é dar pouco crédito aos esquecidos, e desmoralizar os desaparecidos! Tenho dito. De resto, posso dizer que "Pollo Rico" é um nome hmm charmoso?, e que o jantar foi, aposto, daqueles condenados a ser um pequeno fiasco (8 pessoas, ahahaha), mas que depois até foi bué querido, tipo caseiro e assim (tipo o meu de anos, basicamente).
Agora já só te falta a tatuagem no pé, meu bem. (Pintei as unhas de vermelho e cortei o cabelo. E sábaod fizémos jantar 1210 em casa da ana nabais, foi taao fixe! Fazes falta oh*)
Enviar um comentário