Os Aventureiros

quinta-feira, 22 de maio de 2008

ibiza

Desculpem a demora (mais uma vez) a darmos notícias, mas o sono é mais que muito, porque estamos a recuperar de 6 dias consecutivos de festa! Tentarei fazer um resumo dos dias, embora a magia que abundou nestes dias não seja transmitida da mesma forma que foi vivida.

Terça-feira – dia 13

Então, na terça feira, depois das aulas, voltámos para casa para terminar uns quantos trabalhos, e às 16h e pouco saímos de casa. Excitadíssimos para irmos para Ibiza!!! Comboio com as malas todas e chegámos ao porto. Momentinhos estranhos de não falarmos com quase ninguém, até que vimos algumas pessoas conhecidas e fomos falar com elas. Café, atrofios, esperanças no barco (deitadas por terra assim que entrámos!!) conversas e ânsia pela viagem. Entrámos para o barco às 21h e pouco depois levantámos âncora. Toda a viagem foi passada a falar, cá fora, conversas várias, em várias línguas, algum alcoól mas nada de especial (estava frio tínhamos de nos aquecer...), umas pipocas, num saco de tamanho industrial, trazidas por um italiano, e alguém ligou um mp3 a umas colunas por isso andámos para lá a dançar ao som de músicas várias. Depois de descobrir que havia três aniversariantes a bordo, eu entretive-me a convocar todo e qualquer erasmus que estivesse a bordo, a cantar em coro os parabéns às 12 badaladas. Às 12 badaladas foi. Cantámos todos, muito animados para o Luís, para a Magda e para uma pessoa cujo nome não percebi na altura e por isso não posso dizer, mas percebi que era impronunciável.

Às 4h e tal da manhã eu decidi que era hora de dormir e por isso fui com o Luís, um português que conhecemos cá em Barcelona à porta do Ottozuts, para as nossas butacas - que para quem não sabe são como uns bancos de cinema um bocadinho mais espaçosos, onde as pessoas como nós, que querem fazer cruzeiros sem pagar muito, dormem durante a noite sentadas. Bom, “o que é que sucedia na zona das butacas Ana?” o que sucedia, amigos, é que estava um frio de morrer, e eu estava de sandálias abertas, tendo os dedinhos dos pés gelados até ao caroço... Claro está que o frio nos pés impediu a Ana de dormir alguma coisa de jeito, o que aliado ao conforto extremo das cadeiras, facilitou muito a viagem.

Quarta-feira – dia 14

Quando eu peguei num dos meus cachorros para comer (sim nós tínhamos feito cachorros em casa para comer no caminho!) e lhe dei as primeiras dentadas, o Luís sugeriu irmos à cafeteria do barco ver que é que havia para pequeno-almoçar. E eu, como tinha frio, o que é que decidi tomar? Um chocolatinho quente pois claro, que a acompanhar um cachorro sabe que nem ginjas! Bom, depois do pequeno almoço o barco atracou e nós saímos para os autocarros que nos iam levar até ao hotel. Às 7.40h estávamos a chegar aos nossos quartinhos. A Ana, o Fábio, o Max e o Valentin foram pôr as malinhas ao quarto, deram shot nas suas camas, eu arrumei logo a roupa nas gavetas, e descemos para irmos para a praia todos juntos. Foi giro ver quase duzentos macacos a apanhar os autocarros e a chegar à praia. Do céu devia parecer sei lá o quê, a areia super branquinha a ser percorrida por um bando de jovens inconsequentes.

Quando eu abanquei a minha toalhinha na areia e me deitei de costas para o sol, pude constatar o agradável facto de que, atrás de mim, estava deitado numa chaise longue, um gajo na casa dos 60/70 todo nu com um resplandescente fio de outro e um bruto charuto na boca. Não havia melhor visão. Depois de uma breve descrição, por parte do Luís, da necessidade de aconchego que tinham as partes intímas do senhor, decidi virar-me de frente para o sol e não voltar a virar-me enquanto dita personagem não saísse dali. Constatei tempos mais tarde que esta é uma prática muito apreciada em Ibiza, particularmente pelos homens...

Depois de uns momentos na areia, o Luís e eu fomos à água para o meu primeiro banho do ano! Soube bem, de facto, que o primeiro banho do ano tenha sido em pleno mediterrâneo. Não é para todos.

Ficámos então o resto da manhã a secar-nos na areia, e perto da hora de almoço fui, mais uma vez com o Luís, almoçar a um barzinho da praia. Ele comeu, eu bebi uma água e por ali ficámos, até eu achar que tinha de aproveitar o resto de tempo que tinha, na areia, porque o último autocarro saía cedo. Apanhámos o autocarro às 16h, pelo que tomei um banho muito rápido e saí, para uma visita guiada a um forte da ilha, às 17h.

A visita foisó rir. Para começar fiquei logo marcada pela mulher porque disse a um francês que lhe podia traduzir o que ela dizia, mas pelos vistos a senhora ouviu e fez questão de dizer bem alto, “eu não faço traduções, digo tdo em espanhol!”. Eu que nem estava a dar-lhe atenção desatei a rir com o francês e, comigo, todo o grupo se riu. Escusado será dizer que a senhora passou o resto da visita a olhar-me de lado, o que só me dava mais voontade de rir e, por isso, criava mais confusão... No final da visita, eu, o max, o valentin e o fábio fomos fazer compras de comida, porque estávamos num aparthotel e por isso planeávamos cozinhar grande parte das refeições, para poupar dinheiro. Depois de alguma comida e mais alcoól, voltámos ao hotel onde o Max cozinhou uma pasta napolitana. Depois do jantar, os amigos franceses do Max foram para o nosso quarto, onde estiveram a falar imenso tempo uns com os outros, enquanto eu e o Fábio nos ríamos, porque nos faziam lembrar o filme do Astérix. Mano: passámos a noite a dizer “Je suis un livre ouvert pour toi!”. Depois das conversas todas e mais algumas, fomos para o ponto de encontro para a primeira noite de festa. Fomos para uma discoteca ao pé do nosso hotel, para a qual pagámos 8€ para entrar e que tinha, para além de várias pistazinhas pequeninas, um poste tipos os de strip, no meio da maior sala. É claro que todo o grupo ficou aí à volta a dançar, e, vá se lá saber porquê, estavam todos viciados na dança do esquema. Um amigo meu grego já me tinha pedido para lhe ensinar e eu tinha-lhe dito que lhe ensinava em Ibiza, por isso passei a noite a mostrar os passos do esquema. Quando ele já sabia, juntaram-se mais pessoas e às tantas era tudo a tentar fazer o esquema. Super louco! Depois de muitas danças, muitas horas em pé a mexer-me e muitos esquemas, o meu joelho começou a mandar-me sinais que era altura de estar quieta, e por isso, sem o conseguir mexer, fui-me sentar. Claro que a animação continuava da cintura para cima, porque continuei o resto da noite a dançar só com o braços (parecia louca eu sei, mas estava sempre com alguém ao pé de mim, porque tenho uns amigos super fofos!). Ainda me levantei uma ou duas vezes para dançar ao pé cozinho, mas aguentava muito menos tempo por isso ia-me logo sentar. Às 5.30h, quando a discoteca fechou, o Luís e o Max ofereceram-se para me carregar, mas eu decidi tentar andar e, de facto, já o conseguia fazer. Doí-me um bocado, mas andava. O caminho também era curto só por isso é que me pus a aventura. Pronto chegámos a casa, eu comi cereais com leite e fui dormir, que o meu joelhinho bem precisava do descanso.

Quinta-feira – dia 15

Às 8.15h da manhã tínhamos de estar à porta do hotel para apanharmos o barco para formentera. Às 8h o Max acorda gentilmente a Ana e diz-lhe baixinho “Ana, são 8h...o despertador não tocou...” Nunca acordei tão rápido! Acordámos o Fábio e o Valentin, comemos rápido, enfiámos as coisas para a praia na mala, atum, pão, águas e saímos. Era óbvio, mas ainda tivémos de esperar uns bons 10min por toda a gente. Lá descemos até à praia, onde esperámos mais tempo pelo barco, pelo que o Fábio e eu nos decidimos a ir tomar um café!! Uma zurrapa como de costume, mas serviu para acordarmos... Antes de sairmos roubámos um garfo para facilitar a colocação do atum (que tinha eu na minha mala) no pão (que tinha o Max na sua). A viagem de barco durou cerca de 40minutos, frios, passados a cantar e a tocar guitarra. Chegados a Formentera, tínhamos 4 opções: ou alugávamos carro, ou alugávamos mota, ou alugávamos bicicletas, ou andávamos a pé. Ora bem, nem eu nem o Fábio temos carta de condução há mais de três anos, para poder alugar um carro, nem eu nem o Fábio temos experiência a guiar motas, e nem eu nem o Fábio quisémos que a primeira vez fosse numa ilha invadida por um monte de erasmus loucos na estrada. Por isso mesmo, pegámos nos nossos rabinhos, assentámo-los em bicicletas e, depois de marcado o ponto de encontro com o resto dos nossos amigos, pusémo-nos a caminho duma praia, do lado oposto da ilha. Era sempre em frente não tinha muito que enganar. Depois de quase uma hora a andar de bicicletas (porque era quase sempre a subir) parámos num café, para nos refrescarmos, onde, minutos a seguir, pararam os nossos amigos. Como estávamos todos lá, decidimos mudar o ponto de encontro para um sítio mais perto, a 20 minutos dali, mais coisa menos coisa. Voltámos a montar-nos nas bicicletas e aí percebemos o ligeiro desconforto que sentíamos já nas nossas nalgas... Chegámos à praia, o Fábio aparrou ao sol e eu fui tomar um banhito. A praia era linda, a água fantástica, mas carregada de medusas, pelo que tive de mergulhar tipo puto pequeno e saí logo de lá. Na praia já estava o grupo quase todo, incluindo organizadores, e por isso mantivémo-nos por lá até à hora de almoço. Entretanto os nossos amigos foram conhecer outras praias, mas como nós estávamos de bicicleta e nos doía o rabo, queríamos minimizar os passeios e ficámos na areia a descansar. Ainda lá ficaram dois organizadores e mais um grupo de estudantes internacionais, com os quais estivémos a ter uma agradável conversa sobre viagens, Portugal, yates... Havia lá um rapazinho que insistiu em mostrar-nos o que sabia dizer em portugês. O seu repetório resumia-se a “papava-te toda! És toda boa!! E outras frases do género mas de um nível bem mais baixo. Depois de eu lhe dizer que isso não eram propriamente as melhores frases para se conhecer, ele pediu-me que lhe indicasse a menos má, ao que eu retorqui com um “És muito boa!” (era também uma das hipóteses...). qual não foi o meu espanto a seguir quando, de cada vez que eu via o rapaz ou no hotel, ou na ilha, onde fosse, ele me gritava a plenos pulmões “Portuguesa! És muito boa!”... As pessoas em erasmus são estranhas...

Perto da hora do almoço saímos da praia e decidimos almoçar num restaurante a sério, para não voltarmos a insistir nos bocadillos que nos começam a sair pelos olhos. E agora perguntam vocês: “Então e o pão com atum??” ora bem, o atum estava comigo, o pão com o Max, e o Max estava do lado oposto da ilha, pelo que os nossos almoços ficaram todos sem efeito... Quando acabámos de almoçar, um belo frango panado com arroz branco, o Max apareceu na sua mota com o Valentin e os outros franceses... Pontaria!!

Bom, retomámos o caminho de volta, desta vez com umas dores imensas nos rabos, mas pelo menos era tudo a direio e a descer, pelo que fui grande parte do caminho em pé na bicicleta. Quando estávamos quase a chegar, o Fábio apercebeu-se de que tinha deixado a carta de condução no restaurante quando tinha ido pagar o almoço, e por isso voltou a subir tudo para a ir buscar. Eu fui andando para o porto (graças a deus que o meu maridinho é um amor e poupou-me a viagem de ida e volta...) onde tirei mais umas quantas fotos e onde quase adormeci, à espera que ele chegasse. Antes dele, chegou o Max com os franceses pelo que estivémos na conversa, eu deitada num banco de jardim e eles todos em pé! Ahahah Isto de ser a única rapariga num grupo de rapazes tem as suas vantagens, fui super bem tratada, tão queridos!

Antes de entrarmos para o barco, fomos a um café, onde adormeci mesmo na mesa (!) e ainda houve tempo para um dos organizadores dar uma entrevista para a televisão ibizense. Ainda pensámos em pôr-nos todos atrás dele a dizer “ OLÁ MAMÃ!”, mas é nosso amigo e não queríamos que fizesse figuras tristes. A viagem de volta no barco foi passada só com o Luís porque os outros todos foram, feitos meninos, na parte coberta do barco “por causa do frio”!! Chegados ao hotel fomos pagar as entradas para o pacha de ibiza (22€ c um copo!!!), jantámos e, de novo, recebemos os nossos amigos franceses no quarto. Desta vez, acompanhámo-los nuns jogos de cartas engraçados que tinham como castigo beber “água”! Foi giro o resultado.

À meia noite e tal encontrámo-nos à porta do hotel e fomos todos para a “festa erótica do pacha”/”festa ibizense da ESN” ou seja, era uma festa erótica organizada pelo pacha, mas para os membros esn era uma festa onde tínhamos de ir vestido à La Ibiza, ou seja, todos de branco. Bom, no final ninguém gostou muito do pacha porque era um desperdício de dinheiro para um sítio tão grande e tão mal aproveitado em termos de som... O Fábio, Max, Valentin, saíram cedo, eu ainda tentei ficar mais um bocado, mas pouco depois vim também embora porque não era mesmo a minha onda. Disse ao grupo com que estava que ia ver se alguém estava a ir para casa e que se não estivesse ninguém a sair eu voltava para o pé deles. Quando cheguei à porta havia um montão de pessoas a sair e por isso disse a dois organizadores que ia com eles para casa. Para apanharmos táxi estava uma confusão porque mais parecia um mercado, onde quando chega um táxi toda a gente lhe salta em cima para ver quem o merece. Enquanto isto, a chuva começava a cair.

Às 5 e pouco chegámos ao hotel, lavei a cara, comi cereais com leite e xixi, cama.

6ª feira – dia 16

Estava planeado para este dia um passeio de barco pelas mais bonitas callas de Ibiza. (Callas, para quem não sabe, são praias virgens onde ninguém tem acesso a não ser de barco e que por isso são super branquinhas e calmas.). sucede que nessa manhã quando acordámos chovia! Ainda pensei que a viagem tivessse sido anulada e que por isso ia voltar a dormir, mas como não tínhamos certezas achámos melhor ir confirmar. De facto tinha sido cancelada a viagem, mas como já estávamos acordados decidimos ir até ao pueblo ao pé do hotel passear. No pueblo eu procurei uma camisa branca e uma gravata, porque nesta noite íamos ter uma festa colegial e eu não sabia por isso não levei nenhuma das duas camisas brancas que tinha cá em barcelona. Por sorte, encontrámos uma stradivarius no pueblo onde eu encontrei um conjunto de camisa branca, colete preto e gravata por menos de 20€. Comprei-o e fiquei feliz por ter roupa para a festa. Almoçámos por ali, numa pizza hut/KFC e quando vimos que o sol começava a abrir pusémo nos a caminho do hotel para uma bela tarde passada na psicina. Os nosso splanos foam rapidamente aniquilados quando recebemos a boa notícia de que poderíamos ir às callas pela tarde, pelo que dormitámos até à hora marcada para nos encontrarmos, e às 14h descemos todos até ao porto. O barco chamava-se “Capitain Jack” mas era tipo um cacilheiro com o fundo transparente. Lá dentro vendiam-se bebidas a 1€ e bocadillos a 3€ pelo que toda a gente aproveitou para encher as barrigas.

O barco fez uma paragem numa calla onde todos mergulhámos, tendo a água uma profundidade de uns 20/30 metros, mas devido à pureza da água via-se cada pormenor do fundo. Isto não agradou muito ao Fábio, que mergulhava mas saía logo em seguida sem olhar para baixo. No início também me causou algumas vertigens, mas como via a areia no fundo deixou de me fazer confusão. Claro está que nem me aproximei da zona que tem rochas, que aí sim era eu que não olhava!

De volta ao barco, o capitão decidiu brindar-nos com uma colectânea de músicas cuja origem eu e o Max identificámos como um desgosto amoroso. Depois de rirmos um bocado dizendo que o capitão tinha acabado com a sua namorada, percebemos que ele devia ter conhecido outra rapariga, porque as músicas alegraram um pouco. Uns minutos depois eles começaram a ter problemas porque a música voltou à lamechice de antes e mesmo mesmo antes de nos virmos embora, a música ficou de novo alegre e o capitão saludou-nos a todos com um alegre “Até sempre amigos!” pelo que supusémos que tivesse conseguido o número de telefone da menina.

Enquanto os rapazes iam às compras, eu fui para casa tomar um banho e vestir-me para a festa colegial. Comecei a fazer raviolis com carne, mas foi o Valentin que acabou de preparar a refeição quando chegou, limitando-me eu a pôr a mesa.

Depois do jantar fomos para o quarto do Luís e da Mariana, uma rapariga portuguesa amiga do Luís que conhecemos na mesma noite à porta do Ottozuts, beber a fantástica sangria do Luís enquanto esperávamos pela hora da saída, com os nossos amigos franceses.

Depois de um autocarro directo para o El Divino, entrámos numa discoteca fantástica com um terraço óptimo, com vista para o mar. A noite foi quase toda passada com o Max, a anunciar uma festa para o dia seguinte no nosso quarto e a rirmos à grande. Mais uma vez, saímos quando a discoteca fechou, às 6.30h da manhã, pelo que fomos à procura de um táxi. Alguns foram a pé, mas como eu já não me aguentava em pé fui de táxi com o Fran e mais um rapaz que apanhou a nossa boleia. Chegados ao hotel fomos dormir porque no dia seguinte era dia livre, então não tínhamos horas para acordar.

Sábado – dia 17

Conforme o anunciado no dia anterior, preparámos o nosso quarto para as 16h receber os convidados para a nossa festa, antes de irmos com a ESN ver o pôr do sol perto da última discoteca. Os convidados só cehagram às 17h o que nos deu tempo de desncansar mais um bocado. Com os grgoes, dois ou três italianos e os habituais franceses, voltámos aos jogos de cartas, enquanto eu preparava o nosso botellon para essa tarde, ou seja, preparava uma garrafa com sangria para bebermos na rua, enquanto víamos o sol a pôr-se. Antes de irmos jantar a uma pizzeria que havia perto do pontão onde estávamos todos, o Max, o Jordi e os franceses acharam que era engraçado falar nas despedidas que iam haver já esta semana (jordi na 3ª, max no sábado), fazendo com que eu pela primeira vez desde que cheguei chorasse! Não gosto de despedidas e pus-me a pensar na minha, que é que eles queriam? Bom, fomos comprar a pizza e voltámos para o pontão, onde o sol se estava a acabar de pôr. Antes de irmos para a discoteca, eu e os franceses pusémo-nos a cantar músicas francesas , pedindo depois contributos às várias nacionalidades para nos ensinarem uma música sua. Eu não consegui pensar em nenhuma, visto estar quase sem voz. Depois da cantoria toda fomos ao Itaca, um barzinho perto do El Paradis (onde íamos ter a festa) que tinha um senhor saxofonista a acompanhar a música house que se fazia ouvir. Muito fixe!

Cerca de 30/40 minutos depois, dirigimo-nos então para o El Paradis, onde o Max e eu passámos umas boas duas horas, sentados a falar e a observar os outros, desde uma varanda no piso superior. Estávamos super cansados e não nos apetecia dançar. Às tantas o nosso grupo veio dançar para o pé de nós o que nos deu o incentivo suficiente para dançarmos também. Às 5h começou a water party, que não tem descrição possível! Numa zona da discoteca, uns chuveiros começam a deitar água para o pessoal que, já sabendo do que vai suceder, se despiu previamente, ficando tudo em fato de banho e pouco mais. A Ana como é inteligente, decidiu ficar com as suas calcinhas de ganga e as suas socas de salto alto! A princípio mantive-me fora da confusão mas depois, vendo a diversão na cara de todos os meus corajosos amigos, aventurei-me a ir ter com eles ao meio da selva de corpos, e agarrei-me o mais que pude a dois deles para não cair. A água esta altura estava a altura das nossas cinturas. O mais fantástico ali é que quando alguém se desequilibrava, o pessoal afastava-se todo e levantava instantaneamente a pessoa caída. Ninguém ficava no chão. Muito fixe mesmo! De qualquer das formas, eu não me deixei estar lá dentro muito tempo e quando comecei a ficar cansada saí e fiquei a ver o caos do lado de fora de uma das muitas varandas que havia à vola da “piscina”. Por volta das 6h a água parou de cair, pelo que me dirigi aos bengaleiros para ir buscar a minha roupa seca e me trocar. Às 6.30 estava a sair da discoteca com os organizadores da viagem, já que o resto tinha ido tudo para os autocarros já. Deixei-me ficar com os organizadores, levei o resto das pessoas que faltavam ao autocarro e um dos organizadores ofereceu-se para me levar no seu carro, já que não queria ir sozinho.

Fui com ele de carro onde falámos de planos futuros em Portugal, Espanha ou quem sabe outros países.

Domingo – dia 18

às 7.45h, quase 8h chegámos ao hotel. Acabei de fazer a mala (previamente preparada, para no final não ter de fazer tudo a correr) e deitei-me, perto das 9, para descansar antes do check out, ao meio dia. Às 11 e pouco acordei com um organizdor a bater a todas as portas para que nós não nos atrasássemos, levei a minha mala para o quarto das malas, vagámos o quarto e fomos ao pueblo (eu, Fábio, Max e Valentin) para comprarmos recuerdos. Estava tudo fechado por isso voltámos para a piscina todos, para aproveitar o último sol e os últimos momentos em grupo. Fizémos uma guitarrada na piscina e o Fran ainda tentou que eu cantasse qualquer coisinha mas eu já estava mesmo nas últimas, não deu para grande coisa. Às 18h apanhámos o autocarro para o barco, onde pusémos as malas nos camarotes antes de irmos para a slaa de convivío, responder aos inquéritos da ESN sobre a viagem. Perto da meia noite adormeci porque já não me aguentava em pé e só acordei cerca de uma hora depois, com o Max a dizer que eu tinha de ir para a butaca porque a sala de convivio ia fechar. Meia zombie lá fui, sem ver nada, onde dormi directa e, desta vez, quentinha, até às 7h da manhã!

Segunda-feira – dia 19

Chegados ao porto às 7h da manhã, eu e o Fábio zarpámos dali para fora, sem nos conseguirmos despedir de quase ninguém, porque tínhamos estágio às dez. Chegámos a casa às 8.45h e eu que tinha de sair às 9h nem tempo tive de tomar banho! Comi a correr, mudei de roupa e fui para o estágio! É claro que neste dia é que a minha tutora tinha de nos ir ver, e é também claro que neste dia é que os míudos tinham de se tranformar em diabos. Os meus andavam por debaixo das mesas, a saltar cadeiras e a minha paciência que já era pouca estava-se a esgotar ainda mais.

Já os do Fábio decidiram perguntar-lhe se ele tinha uma vida sexual activa. O Fábio disse-lhes que não percebia o que estavam a perguntar e mudou rapidamente o tema, como seria lógico!

Quando chegámos a casa fomos comer, e trabalhar durante a tarde, nos trabalhos que temos de apresentar esta semana.

À noite, recebemos as nossas ilustríssimas amigas Sisses e Retinha cá em casa, pelo que fomos com elas ao Ovelha Negra, para um copinho.

Lá no bar encontrámos os nossos amigos Max e Valentin, que perto das 2h se ofereceram para me acompanhar ao nitbus, porque eu já não aguentava em pé. O Fábio e elas continuaram a festejar a sua presença noite dentro.

Terça feira – dia 20

A ideia deste dia seria ir à faculdade e fazer alguma coisa de útil, como por exemplo a apresentação de um trabalho. Não foi o que sucedeu, porque às 7h da manhã quando o despertador tocou, nem eu nem o Fábio acordámos, pelo que, quando abrimos os olhos eram 10h!!! Como a apresentação já tinha ido por água abaixo, decidimos não nos preocupar e descansar mais um pouco. Durante o resto do dia ainda trabalhámos para a faculdade de cá e daí (relatório!!!!) e, à noite, eu fui à primeira festa de despedida, de um dos organizadores (jordi) que voltou para o seu erasmus na Polónia. No entanto, esta despedida não teve o sabor de despedida, primeiro porque ele está a voltar para o seu erasmus e não a terminá-lo, e depois porque a pesso em questão, não faz festas para a depressão das despedidas, por isso estávamos todos felizes e contentes, a beber um copo todos juntos.

Mais uma vez, no final da noite, por volta das 4.30h, o Max levou-me até ao nitbus onde adormeci profundamente e só acordei mei hora depois com um senhor a chamar-me e a dizer “Olha, não queres sair em Sant Cugat?”. Eu meia adormecida olhei lá para fora, vi a estação e saí, sem sequer agradecer ao senhor. De que é que eu me apercebi? Que Sant Cugat é tão pacífica que até os stawlkers nos ajudam!!

Quarta-feira – dia 21

Mais uma vez não ouvimos o despertador e por isso dormimos até às 10h. Achámos que fazíamos melhor se recuperássemos o tempo perdido e trabalhássemos em casa, pelo que, durante o resto da manhã, estivémos aadiantar trabalho. Ou a tentar pelo menos, porque entre o sono e a nostalgia do fim de ibiza, não conseguimos fazer muito. Vendo que não estávamos a ter produtividade nenhuma e que estávamos a perder tempo em casa,peguei no Fábio e fomos para a praia onde passámos uma fantástica tarde de sol, a gozar com as pessoas feias e gordas que encontrávamos! Somos tão cruéis quando queremos, mas gosto tanto quando estamos assim os dois!

Voltámos da praia perto das 17h, e ainda fomos trabalhar um bocado, porque hoje tínhamos apresentação de um trabalho e finalização de outro, antes de eu sair para ir ter com o erasmus, que viam alegremente o Manchester-Chelsea no smoking dog, calle Aribau. Depois de muito stress com o jogo e com os penaltis (já sabia que o ronaldo ia falhar o penalti e que no fim ia chorar...) fomos à chupiteria, um bar só com shots e cocktails, mas que nada têm de normais. Todos eles enfeitados com mil e uma cores e efeitos, e todos os shots tinham uma maneira particular de serem bebidos. Eu como já bebi o suficiente em Ibiza para um ano, ontem poupei-me aos shots e, por volta das 1h e pouco vim para casa. Mais uma vez o meu amigo Max fez o excelentíssimo favor de me acompanhar ao nitbus que depois de três trocas ficou certo. Entrei em dois nitbus que não eram o que eu queria...

Às 2h cheguei a casa e dormi um sono profundo até hoje às 8h, para ir às aulas. Primeiro dia de aulas em duas semanas!!! Já nem nos lembrávamos de como era aquilo...

Só para finalizar, devo dizer que isto por aqui tem sido um turbilhão de emoções, sempre a ver as fotografias e a desejar mais, a desejar que não acabe, a desejar que se prolongue para sempre. Nestes últimos dias tenho sentido o quão perto está o fim, particularmente porque já tenho amigos a despedirem-se e a irem para casa... Custa um bocado pensar em dizer adeus... No geral mudei, e em algumas coisas muito, mas os meus valores mantêm-se e a entrega e amizade que dou às pessoas mantiveram-se comigo e manter-se-ão sempre, pelo menos assim o espero.

Por isso me custa tanto ver as fotos que, a cada dia, tiro. Adoro vê-las porque são recordações que ficarão sempre, estamos todos felizes nas fotos, sempre a sorrir, mas - como sempre foi meu apanágio - já não consigo não pensar no que vai ser quando forem só as fotos que me restam e já não tenha as caras no dia seguinte, com expressões diferentes para recordações diferentes.

Até que chegue esse dia, tenho-me enchido, e vou-me encher de oportunidades de estar com todos, de aproveitar ao máximo a companhia de cada um e de recolher o maior número de recordações e memórias que possa.

Algumas delas estarão postadas hoje ou amanhã, quando tiver coragem de fazer a selecção das melhores.

2 comentários:

Anónimo disse...

Que semana LINDAAAA q vcs tiveram =)
Adoro saber das vossas peripecias... fazem me sentir menos anormal nas minhas!!

Amoo saber as noticiazinhas todas... e q sorte terem estado com a Ritinha e a Sisses!! tenho sdds delas =(

Oh babe... eu sei q falo falo falo... e isto tb serve pa mim... mas NAO PENSES DE MAIS... NAO SOFRAS POR ANTECIPACAO... e' dificil ver as pessoas a partir e n saber o q vai ser no futuro a amizade construida em 4/5 meses... mas a vida e' mm assim... e ag aproveita pa lhes dar mts beijinhoooos (ao Max da milhoees deles por mim, ta?)LOL

love you
see you on 4th july

PS: quem ler este comment ate pensa q nos nem falamos todos os dias nem nd na net... nem sequer falamos via tlm durante a tua semana brutaal em ibiza ou a minha em Praga...

saudades minha erasmica-semelhante-
que-tem-de-aproveitar-TODOS-os-
momentos-daqui-para-a-frente!

Unknown disse...

Que bela semana e que linda que está a minha filhota!A tua semana lembra-me uma outra que eu tive, há muito, muito tempo, algures no Jurássico, quando Vilamoura ainda tinha só duas ou três estradas alcatroadas(!)em que o sono era tanto que quando cheguei a casa, dormi até às duas da tarde do dia seguinte! As recordações são o que fazem de nós aquilo que somos e que boas são essas recordações e que bem que te vão acompanhar vida fora... beijinhos minha querida