Os Aventureiros

quinta-feira, 10 de julho de 2008

La semana con mis niños erasmus preferidos

Agora que se foram todos, agora que estou definitivamente instalada em minha casa, e que desfiz finalmente as malas e arrumei as minhas coisas, começo a sentir o estranho que é voltar. Este re-início não tinha custado, muito por causa de os ter cá a todos eles. No entanto, agora que voltaram todos para Barcelona, e o meu Maurito para Itália, sinto pela primeira vez o vazio de estar "sozinha", sem eles aos gritos pela casa, sem as suas gargalhadas e sem UN OTRA foto, UN OTRO momento. (Esta coisa do UN OTRO é uma private, que estivémos sempre a dizer por aqui...)

Para que um dia mais tarde me recorde do que fizémos, aqui deixo a mim mesma um pequeno resumo destes dias com eles cá:

Depois de um belo picnic no parc ciutadella e de uma bela noite passada na praia, com banhos de mar às 3h da manhã e croissants quentes às 5.30h, fomos para o aeroporto onde eu adormeci, literalemente, em pé encostada às malas. Depois de um ceck in perfeito - podia levar até 23kg e tinha 22kg na mala... - entrámos para o nosso avião, no qual dormimos regaladamente. Eu ao lado de Roberta, Claudia ao lado de Lisa e Mauro sozinho. Por volta das 12h estávamos a aterrar em terras lusitanas, onde nos esperavam o meu pai, a minha mãe, o meu mano e a minha tia. Depois de muitos abraços e beijinhos dirigimo-nos a casa onde a minha mãe tinha deixado um belo de um cozido à portuguesa preparado para o almoço. Degustámos tudo até ao fim e saímos os 5 muito alegres em direcção à baixa. A nossa ideia: ver o chiado e a baixa e jantar perto do castelo. Vimos efectivamente o chiado e a baixa, mas não jantámos perto do castelo. Em vez disso fomos comer perto do bairro alto (a um restaurante no qual trabalhava um senhor com dupla personalidade que tão depressa era simpatiquíssimo, como era super mau...) e depois movemo-nos para as entranhas do bairro alto, onde nos encontrámos com algumas das minhas meninas. Depois de umas horinhas no bairro, fomos, mais mortos que vivos, para casa.

Sexta feira, dia 4 de Julho, dormimos até às 8h, hora a que os meus pais entraram no nosso quarto cantando o "parabéns a você". Depois de recuperarmos todos o ritmo cardíaco normal, voltámos a adormecer, tendo-nos levantado depois por volta das 10h. Comemos e saímos para as praias da costa da caparica, onde nos íamos encontrar com mais meninas. O dia foi um normal dia de praia, passado a comer e a dormir, mas a melhor altura foi quando eles se aventuraram até à água, esperando uma temperatura mediterrânica e se depararam com uma temperatura polar... Foi hilariante. Da praia saímos cedo, viémos a casa tomar um duche, e seguimos em direcção ao estoril, onde íamos jantar com a minha família, para comemorar os meus anos. Jnatámos na feira do artesanato, apresentei-lhes alguns pratos estranhos - como caracois e moelas de frango - aos quais as meninas fizeram má cara, mas o mauro degustou até não caber mais. Assim é que eu gosto! Viémos para casa, fomos um pouquito ao tuareg e voltámos para casa, para dormir.

Sábado, dia 5 de Julho, levantámo-nos tarde e saímos ainda mais tarde, depois de nos refastelarmos (que é uma palavra bonita) com mais um delicioso prato português feito pela minha mãe. Desta feita, dirigimo-nos a belém, com ideias de ver a torre de belém, o padrão dos descobrimentos e o mosteiro dos jerónimos, passando depois pelos pastéis de nata, para comer um pouco mais. Os dois primeiros edifícios vimo-los, o mosteiro e os pastéis já não, porque eu tinha hora marcada no cabeleireiro por causa da minha personagem, e portanto tínhamos de sair cedo. Depois de deixar Roberta, Suavek e Mauro no colombo para comprarem os últimos detalhes para as suas personagens, vim pôr as minhas alemecas a casa e fui para o cabeleireiro. Perto das 19h, quando cheguei, os meus erasmus ainda não tinham chegado, pelo que lhes telefonei a perguntar onde estavam. Resposta: "estamos perdidos, estamos a passar pelo mar agora... Vemos mar..." Bom... A Ana tentou respirar, e passado um bom bocado lá conseguiu perceber que estavam perto e por isso os podia ir buscar ela mesma. Perto das 19.40 estavam todos em casa, pelo que se ducharam muito rápido, vestiram e saíram para a festa. Depois de algumas trocas e baldrocas (outra expressão muito apreciada por mim) com os carros e as boleias lá chegámos ao restaurante, onde algumas pessoas nos esperavam já.
Depois de um jantar muito animado, com as mesas separadas por grupos, onde se notava a união de cada um, tentámos uma pseudo-sessão de karaoke, que rapidamente foi deposta por um fim de noite no bairro alto. Aí permanecemos uma hora e pouco, até que a Roberta adormeceu literalmente em pé, no meio da rua, e nós decidimos voltar para casa, e dormir.

Domingo, dia 6 de Julho, acordámos tardíssimo e, perguiçosos como estávamos, decidimos almoçar em casa e sair da parte da tarde para o parque das nações. Quando saímos de casa o Suavek pediu "passemos antes na farmácia para eu comprar qualquer coisa para pôr no dente, que não aguento." ao que eu respondi "ok, mas então vamos já direitos ao vasco da gama e compras na farmácia de lá, porque a de telheiras deve estar quase de certeza fechada."
Chegados ao vasco da gama percebemos que não havia farmácia no vasco da gama, e que a farmácia de serviço (porque era domingo) mais próxima ficava onde? Em telheiras...Assim, apanhei um táxi com o Suavek, e recomendei aos outros que ficassem por ali e fossem passear para o pé do rio. Com as confusões da farmácia de dar ou não os antibióticos e não sei quê, acabei por não ir ter com eles outra vez, e enviei-lhes uma mensagem com o caminho de volta. Às 20h chegou o Mauro, para fazer o jantar, fomos ao Lidl comprar os ingredientes necessários e viémos cozinhar um jantar tipicamente italiano. Passado pouco tempo chegaram elas, jantámos, fomos ao tuareg, voltámos para casa, fomos ver o "Amor acontece" e adormecemos quase todos a meio. Quando acordei fomos todos para a cama e dormimos até ao dia seguinte.

Segunda feira dia 7, levantámo-nos mais tarde do que eu queria, porque o meu despertador tocou e eu voltei a adormecer. Saímos a correr para os carros e partimos rumo a Sintra. Antes de irmos para o palácio da pena, passámos na praia grande para apanharmos um bocadinho de sol. Ficámos pela praia uma hora e pouco, o suficiente para eles verem que aqui a água é meeeeeeesmo fria, e depois subimos para o palácio. É claro que eu tinha de me enganar e estivémos um quarto de hora a andar no sentido errado (e a pé) em direcção a monserrate e não ao palácio. Assim, voltámos para trás, apanhámos os carros e subimos, o que faltava, de carro. Depois de muitas fotos, muitos "wow que fixe!" e muitas lendas e histórias, era hora de descer e voltar para Lisboa, já que o Suavek tinha um avião às 21h. Comemos qualquer coisa cá em casa e fui levá-lo ao aeroporto. Beijinhos, abraços, até breves, e lá foi ele. Voltei para casa e fomos todos para o quarto, atrofiar uns com os outros e dizer parvoíces.

terça feira dia 8, acordámos por volta das 9h, levei as minhas alemecas e a minha italiana ao aeroporto, muitos beijinhos, muitos abraços, e lá foram elas também. Voltei para casa com o Mauro, apanhámos o metro e dirigimo-nos à baixa, para ele cumprir um objectivo que tinha desde que cá chegou: andar de eléctrico. Assim, aanhámos o 28 até ao castelo, mas não pedimos para que o senhor nos avisasse onde tínhamos de sair, pelo que saímos à toa, na que me pareceu a mais indicada. É claro que não era e andámos horas às voltas, comigo a fazer de turista e a pedir as indicações em espanhol para não parecer mal (achei que era triste uma portuguesa não saber onde era o castelo...).
Quando estávamos a chegar perto do castelo, a fome começou a atacar-nos de tal forma que tivémos de parar num restaurantezinho ao pé do castelo e comer umas belas dumas sardinhas e de uns escalopes antes de continuar a subida. Após o almoço, assomámos ao castelo e ficámos a ver as vistas e a tirar fotografias. Depois do castelo descemos para o metro, fomos até ao comboio, belém, pastéis de nata e mosteiro dos jerónimos. Muitas conversas, muitas histórias, e descobri que quero aprender mais sobre história de portugal... Castelos e palácios essencialmente, mas história de Portugal no seu todo. é estúpido ser portuguesa e saber tão pouco sobre o meu país...
Pronto, nessa noite ficámos por aqui por casa a ver um filme os dois, e na manhã seguinte ele acordou-me cedinho e fui pô-lo ao aeroporto.

Pensei que me ia custar muito mais despedir-me deles, mas a realidade é que dentro de um mês os revejo a todos, e por isso não há razão para ficar triste. Só posso estar contente pelo que vivi, pelo que partilhei e pelo que experimentei com cada um deles e com todos ao mesmo tempo. Porque na verdade gostei mesmo, mas é um capítulo que algum dia terá de ter o seu fecho. Os amigos? Esses ficam, para o resto dos meus dias...

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